Um dia eu vou tirar os cravos
e prendem suas mãos, seus pés;
Do medo vou deixar de ser escravo.
Vou fazer o que me der na telha
E com o coração em centelha
Vou tirá-lo daí com muita fé.
Vou-lhe fazer bons curativos
Colocando remédios e panos;
Curando as dores que a mais de dois mil anos
em seu corpo moram.
Depois vamos sair pelas ruas, pelos jardins.
não vou lhe contar os meus problemas,
porque você já os conhece desde então;
vamos falar sobre o tempo,
se faz chuva ou se faz sol,
vamos falar sobre o silêncio, meditação.
esperança, frio ou solidão.
Por favor, se eu puder, eu te peço alegria,
E ao invés de ficar sofrendo pela humanidade
perdida, desacreditada como está,
gostaria de ver você sentado e sorrindo
aos pés de uma cruz vazia.
Irdos Pereira da Silva